27 de mar. de 2009

Harry Potter e a Ordem da Fênix*Contém Spoiler*

No quinto livro da série, a autora narra mais um ano na vida de Harry Potter (interpretado por Daniel Radcliffe nos filmes) na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Esse é o primeiro livro que Lord Voldemort (Ralph Fiennes) está inteiramente na ativa e por isso um dos mais interessantes. Tudo começa com uma grande aventura pois dois dementadores parecem na Rua dos Alfeneiros. Harry consegue se livra deles mas acaba se envolvendo em uma grande confusão com o ministério da magia. Os tios tentam mandar o bruxinho para fora de casa, mas um berrador faz com que eles mudem de idéia.

Harry passa o resto das suas férias com Rony (Rupert Grint), Hermione (Emma Watson) e os Weasley na sede da Ordem da Fênix, a sociedade de mágicos que luta contra Voldemort e que estava tentando proteger Harry durantes as férias. Rony e Hermione são escolhidos para o cargo de monitores de Grifinória deste ano. Mas apesar dessas novidades a família Weasley não está completamente feliz pois um dos filhos saiu de casa. Uma nova professora de Defesa Contra Arte das Trevas é nomeada. Dolores Umbridge (Imelda Staunton) ganhou o cargo, ela é membro do Ministério da Magia e passa o ano infernizando a vida dos estudantes e professores. Dolores ganha muita autoridade dentro da escola, Fudge (Robert Hardy) acaba dando permissão para que ela possa interferir nos times de quadribol, demitir professores sem precisar dar nenhuma explicação, além de aplicar punições absurdas. Rony finalmente tem um dos seus grandes sonhos realizados e se torna goleiro da equipe de quadribol da sua casa, e Gina (Bonnie Wright) começa a jogar como apanhadora no time. Hagrid (Robbie Coltrane) passa um bom tempo sem aparecer no livro, pois como foi mencionado no quarto livro ele estava em uma missão, cumprindo ordens de Dumbledore. Na volta o guarda-caça traz grandes novidades sobre sua família para Rony, Harry e Hermione.
As aulas de Defesa Contra Arte das Trevas passam por uma drástica mudança. Por isso são fundados dois movimentos na escola: a A.D. (Armada Dumbledore) e a Brigada Inquisitorial. A Armada Dumbledore é comandada por Harry Potter e a Brigada Inquisitorial foi fundada por Umbridge e é comandada por Draco Malfoy (Tom Felton). Os dois grupos são rivais e se metem em muitas brigas durante todo o ano. Como já foi muito divulgado Harry finalmente consegue se aproximar Cho Chang (Katie Leung), eles então se beijam. Essa é uma das cenas mais esperadas do filme. Mais uma das cenas aguardadas pelo publico é a punição que Umbridge impõe a Harry fazendo com que ele escreva uma frase na mão, com uma pena que, literalmente corta sua carne, não importa em que superfície ele escreva. Outra novidade no livro e no filme é o aparecimento da aluna Luna Lovegood, que será de grande ajuda para que Harry recupere a popularidade entre os bruxos, além de ajudá-lo a superar a morte de Cedrico. A data de lançamento do Brasil foi antecipada para acompanhar o lançamento mundial do filme, que aconteceu no dia 28 de junho no Japão, em Londres o lançamento será dia 3 de julho, e em Los Angeles, dia 8 de julho, no Brasil o filme entra em cartaz no dia 11 de julho. O filme foi dirigido por David Yates, que também vai trabalhar no sexto filme. Na onde de lançamentos há ainda o jogo. Diferente dos anteriores, Harry Potter e a Ordem da Fênix, será o primeiro a tirar vantagem dos consoles de nova geração: PlayStation 3, Xbox 360 e Wii. O jogo mantém a mistura de ação e aventura que vem caracterizando os jogos de Harry por muitos anos. Desta vez, é possível jogar não apenas como Harry Potter, mas também nas peles de Dumbledore e Sirius Black. A Electronic Arts e Warner Bros. querem garantir uma sinergia máxima entre game, filme e livro. Então, cada locação de Hogwarts está sendo reproduzida com nível inédito de detalhes, para espelhar a rica narrativa do livro. O jogo foi confirmado para PC, PlayStation 2 e DS. O lançamento está programado para coincidir com a estréia do filme nos Estados Unidos.

Harry Potter e o Cálice de Fogo

O quarto livro e também a adaptação cinematográfica da série criada pela escritora J. K Rowling, “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, se afasta um pouco da vida escolar habitual da Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts para a realização do “Torneio Tribruxo”, no caso, o terceiro. Durante todo o enredo, os acontecimentos místicos que foram contados desde o primeiro livro da saga estão envolvidos com a disputa por um prêmio que trará glória eterna para aquele que o possuir, ao término da competição.

Assim como nas outras publicações, “Harry Potter e o Cálice de Fogo” mostra o bruxo Harry vivendo aventuras ao lado de seus amigos Hermione e Rony, além dos outros alunos de Hogwarts e, nessa história, de outras escolas de magia. Ao contrário de Harry, que tem que se preocupar mais em cuidar de sua vida enquanto desvenda pistas e resolve as provas do torneio, os dois companheiros terão preocupações mais sentimentais, relacionadas tanto à amizade quanto ao surgimento de um interesse pelo sexo oposto. Lançado em 8 de julho de 2000, o livro chegou a ser traduzido para 67 línguas, assim como os outros. O filme, entretanto, só foi lançado em 18 de novembro 2005, nos Estados Unidos, chegando ao Brasil um ano depois, em julho de 2006. Dirigido por Mike Newell, o longa foi nomeado para o Oscar do ano de Melhor Direção Artística, perdendo o prêmio para “Memórias de Uma Gueixa”, lançado no mesmo ano. Chegando ao arrecadamento de 100 milhões de dólares (por final de semana) em quatro finais de semana consecutivos, a produção marcou seu posto de filme de maior sucesso em estréias no Reino Unido. O Torneio TribruxoNeste ano em que se narra o quarto livro sobre a vida de Harry Potter, a escola Hogwarts é a sede do famoso torneio realizado entre três escolas de magia e bruxaria. A competição engloba três provas que exigem coragem, inteligência e esperteza dos participantes, uma vez que arriscam não só a vida destes, mas também a de pessoas queridas para estes. Apenas um aluno de cada escola é escolhido pelo “Cálice de Fogo”, um cálice mágico, no qual os alunos maiores de 17 anos depositam papéis com seus nomes para concorrerem à escolha, feita pelo próprio cálice. Uma surpresa da história dos torneios, entretanto, é que neste não são escolhidos apenas três alunos, mas quatro, dentre eles Harry, que teve seu nome inscrito e escolhido pelo cálice misteriosamente, já que ele não havia demonstrado interesse em participar. Viktor Krum, representando a escola Durmstrang, Fleur Delacour, representando a escola Beauxbatons, e Cedric Diggory, o primeiro escolhido para representar Hogwarts, completaram o time dos competidores do terceiro Torneio Tribruxo. À parte dos três escolhidos, surge a grande pergunta para o mistério proposto: como foi possível que Harry Potter fosse escolhido pelo cálice? A resposta não parece nada óbvia, ainda mais com as opiniões dadas por cauda professor á cerca da situação, que são uma mais diferente que a outra. Mas não é somente entre os responsáveis pela coordenação do torneio que a dúvida começa a se fixar. Rony, melhor amigo de Harry, também alimenta desconfianças sobre este, que não teria lhe contado sobre a falsa inscrição, além do ciúme por Harry estar em um ambiente que ele não participará. Durante as provas, o único auxílio que os participantes tem é a varinha mágica, que pode ser usada em todas. Na primeira, o perigo é claro, já que a tarefa é enfrentar dragões e conseguir uma pista protegida por eles, que servirá de preparo para a próxima prova. A segunda tarefa já exige um pouco mais de habilidade, já que é realizada debaixo da água e é preciso muito mais que fôlego para conseguir se manter submerso por uma hora. A terceira, e mais complicada, acontece dentro de um labirinto arbóreo bastante peculiar, que pode alterar não só os caminhos, mas também a personalidade daqueles que estão por dentro das árvores. As provas a que são submetidos os quatro estudantes analisam a inteligência, habilidade e coragem. Mas, além de controlar o estado emocional, é preciso que os alunos também usem outros artifícios para se saírem bem, além de se manterem vivos. O conhecimento sobre algumas matérias da escola é essencial, mas a ajuda de outras pessoas também. Nesse ponto, pode-se observar uma união entre Harry e Cedric, que acabam se ajudando em todas as provas. Outros amigos – e outros não tão amigos – também ajudam Harry a desvendar as pistas e dificuldades de outras provas. Fora do mundo literário e cinematográfico, o Torneio Tribruxo também fez sucesso no mundo real. Uma versão online da competição foi criada pelo site Harry Potter Dissendium, numa associação com a Warner Bros. Lançado em 1º de setembro de 2005, o torneio – cuja divulgação foi feita pelo estúdio – atraiu milhares de jogadores. O fim se deu em 31 de julho de 2006 com o seguinte placar: Hogwarts vencedora, com 53,224,526 pontos, Durmstrang em segundo lugar, com 52,938,626, e Beauxbatons, no terceiro lugar, com 48,890,568.
O Baile de InvernoO Baile de Inverno é uma festa tradicional na realização do Torneio Tribruxo. Após a primeira prova, os integrantes das escolas devem desfrutar o momento como uma oportunidade de se enturmar com os outros estudantes. Para a ocasião, todos os alunos e professores devem vestir-se a rigor, e os homens devem convidar as meninas para formarem pares de dança, outra característica tradicional do evento. Uma novidade na saga de Harry Potter, iniciada com o Baile de Inverno, é o interesse pelo sexo oposto entre os personagens principais. Embora sempre muito amigos, Harry, Hermione e Rony ainda não tinham demonstrado interesse sentimental por outras pessoas. Nesta história, guiados pela procura de companhia para o Baile de Inverno, os jovens bruxos começam a exibir suas emoções e interesses, através de olhares tímidos e escondidos, expressões de ciúme, e até mesmo nas escolhas para a dança. A garota pela qual Harry demonstra interesse é claramente notada, já que os dois trocam olhares durante vários momentos do conto, culminando no pedido de Harry para que esta lhe acompanhe na dança. Já Hermione, escondida pelos cabelos assanhados e roupas frouxas da escola, sempre parece irritada porque seus amigos não a convidam para a festa. Entretanto, sua entrada no Baile e seu parceiro demonstram que a jovem tem muito mais potencial de conquista do que seus colegas esperavam. Rony é o único que não parece lhe dar muito bem com a história, passando por maus momentos quando convida uma garota. Os protagonistas de Hogwarts encaram com dificuldade o fato de convidarem as moças para o baile. Todos parecem já ter seus pares, mas Harry e Rony permanecem sem coragem para convidar alguém. Enquanto os outros meninos conseguem seus pares tranquilamente, sem medo de fazer o convite, esse momento parece um bicho de sete cabeças para os dois amigos. Rony nunca encontra uma oportunidade para falar com as garotas, já que estas andam sempre em turma. Já Harry, apesar de mostrar muita timidez, consegue fazer o convite para a garota que queria, além de arranjar uma parceira para seu amigo. Um lado interessante deste novo fato é que a amizade entre Harry e Hermione é demonstrada apenas como amizade. Os dois, que sempre estiveram juntos desde criança, acabam transparecendo interesse amoroso por pessoas diferentes, sem deixarem que isso afete a amizade. Já a relação de Rony e Hermione parece mais tensa quando a garota vai ao baile acompanhada de um outro rapaz. Rony demonstra sentir ciúmes da amiga, atrapalhando a conversa depois da dança. Hermione, por sua vez, se mostra decepcionada e frustrada porque o amigo não lhe convidou para a festa, o que sugere um possível interesse entre os dois. A volta de Voldemort O Torneio Tribruxo e o Baile de Inverno não são os únicos pontos fortes da quara história sobre o Harry Potter. O bruxo, famoso por não ter morrido pelas mãos de Lord Voldemort quando ainda era um bebê, começa a ter visões e sonhos que envolvem o vilão. Além disso, acontecimentos estranhos se passam em Hogwarts, começando pela inscrição misteriosa de Potter no torneio. Embora todas as atenções estejam sempre voltadas para a competição, os pesadelos de Harry parecem não deixá-lo em paz, como se fossem um aviso de algo que já aconteceu ou estaria para acontecer. Antes mesmo do início do Torneio Tribruxo, uma inesperada invasão de comensais da morte acontece num acampamento dos bruxos. Harry é o único que consegue ver uma pessoa, a qual não reconhece, tramando contra Hogwarts perante a imagem de uma cobra, desenhada no céu através de magia. Sonhos de uma reunião entre Lord Voldemort e seus seguidores começam perturbar a mente do garoto, que resolve procurar ajuda, pois sua suspeita é de que seus sonhos não sejam apenas ilusões e sim uma realidade não muito distante. Por outros meios, Harry acidentalmente acaba descobrindo um pouco mais sobre os personagens de seus sonhos, que até então lhe pareciam irreais. O jovem, embora já em alerta sobre possíveis perigos, guiado para um caminho sem escolha, cujo fim revela a verdade por trás dos misteriosos sonhos. Voldemort, que parecia estar longe do mundo dos bruxos, mostra que sua influência nos acontecimentos em Hogwarts não é tão pequena, ainda mais quando envolve a vida de Harry, seu inimigo desde a infância.

Harry Potter e o Prisioneiro de azkaban

O terceiro livro da série criada por J.K. Rowling é o um dos mais reveladores sobre o passado dos pais de Harry e, conseqüentemente, sobre o futuro do jovem bruxo. Todos os alunos do terceiro ano de Hogwarts têm permissão para visitar o povoado bruxo próximo à escola, Hogsmeade. Como Harry é órfão, precisa recorrer à autorização de seu tio.

É na pior das horas que uma nova personagem entra em cena, tia Guida, irmã de tio Valter. A senhora, fã de uma bebida e criadora de bulldogs, não consegue conter suas opiniões sobre os pais de Harry Potter e um inconveniente acidente acontece. A raiva de Harry faz com que a tia infle como um balão e saia voando pela sala de jantar. Confuso, com raiva e amedrontado, Harry sai da casa dos tios e pretende fugir para longe do mundo trouxa e viver como um fugitivo do ministério da magia pelo resto de sua vida. É então que o garoto avista um imenso cachorro preto, se assusta e, por engano, chama o “Nôitibus Andante”, um ônibus de três andares que foi uma das atrações do terceiro filme produzido pela Warner, sobre o qual falaremos mais tarde. Durante a viagem até o Beco Diagonal, Harry descobre que a prisão de Azkaban, local mais seguro e temido de todo o mundo bruxo, não conseguiu conter um prisioneiro, Sirius Black. Ao chegar no Beco Diagonal o adolescente é recepcionado pelo ministro da magia, Cornélio Fudge. Surpreso com o fato de não ser expulso da escola e, de fato, viver sob os olhares atentos do ministério, Harry termina seu verão em companhia de Rony e Hermione tomando sorvete e sonhando com a nova vassoura de corrida, Firebolt, no Beco Diagonal. Antes de partir para a escola, Arthur Weasley, pai de Rony, explica para Harry que Sirius Black fugiu da prisão para encontrar Harry. A revelação ganha força quando dementadores, guardas da prisão de Azkaban, mantêm a escola segura do aparecimento de Black. O primeiro encontro de Harry com um dementador causa um desmaio e a lembrança de um passado dramático e angustiante preso na memória de Harry, o assassinato de sua mãe. Em seu resgate, surge Remo Lupin, novo professor de Defesa Contra a Arte das Trevas. A relação não apenas de Harry, mas de todos os alunos, com o professor não poderia ser melhor. Uma nova matéria é introduzida. Adivinhações é ministrada pela professora Sibila Trelawney, uma estranha vidente com feições de inseto. As constantes previsões de morte para Harry apresentam a imagem de um grande cachorro preto, o sinistro, e lembram Harry do que viu quando saiu da casa dos tios e depois durante uma partida de quadribol em que quase morreu e perdeu sua vassoura, a Nimbus 200. Rúbeo Hagrid também entra para a equipe de docentes de Hogwarts. Após a revelação de que nada teve a ver com a abertura da Câmara Secreta 50 anos antes Hagrid pode voltar a praticar magia legalmente e é convidado a lecionar Trato das Criaturas Mágicas. Em sua primeira aula, o hipogrifo (um ser que é metade águia, metade cavalo) Bicuço é apresentado a seus alunos. J.K. Rowling se aproveita da mitologia já existente para criar o mundo de Harry Potter. O hipogrifo é o fruto do cruzamento entre um grifo, animal mitológico com cabeça de águia e corpo de leão, e uma égua. A história começou como uma imagem de impossibilidade de amor. Grifos e cavalos eram vistos em tempos medievais como cão e gato. Um ditado popular foi formado com a idéia de cruzar as duas espécies e daí a imagem do hipogrifo tomou forma. Domar um hipogrifo pode ser muito perigoso e, na mitologia, o animal é usado por grandes magos ou cavaleiros como animais de estimação e montaria. Além de domar Bicuço, Harry aprende a se defender do bicho-papão, uma criatura capaz de se transformar no medo mais profundo de quem o enfrenta. É com a ajuda de Lupin e de um bicho-papão que Harry é ensinado a combater os dementadores, seu maior medo. É em “O Prisioneiro de Azkaban” que a vida pessoal de Harry sofre mudanças mais drásticas, antecipando o que está por vir nos próximos livros. Harry conhece Cho Chang, uma garota um ano mais velha, de família com origem chinesa e excelente jogadora de quadribol. As visitas a Hogsmeade, às quais Harry está proibido de ir, logo são realizadas com a ajuda da capa de invisibilidade herdada por seu pai e um mapa que mostra todo o terreno de Hogwarts e proximidades, além de identificar todos os professores e alunos que caminham pela escola. O “Mapa do Maroto”, como se denomina o pedaço de papel dado a Harry pelos irmãos Weasley, se torna de grande ajuda a Harry, que pode utilizar uma passagem secreta do colégio até uma das principais lojas do povoado e aproveitar o dia de descontração ao lado de Rony e Hermione. Em uma das visitas clandestinas, Harry descobre que Sirius Black era muito mais do que simplesmente um assassino. Era seu padrinho e melhor amigo de seus pais. Foi responsável por Voldemort ter encontrado a casa em que viviam e matou Peter Pettigrew, também amigo de seus pais, por pura diversão. A notícia causa revolta e frustração em Harry. Seu passado recebe uma adição ao que ele já conhecia e agora o sentimento de vingança toma conta de seu coração. Se Sirius Black foi o responsável pela morte de seus pais e ainda assassinou um dos melhores amigos de Tiago, ele merecia morrer. O final do livro narra uma emocionante descoberta e dramática conversa entre Sirius, Harry e Lupin. Todo o futuro do garoto pode ser mudado e muito sobre o passado de Tiago Potter é revelado.
“Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” é um dos livros mais queridos pelos fãs. Diferente dos dois primeiros, o conflito final é entre Harry e Sirius e não entre Harry e Voldemort. Esse diferencial faz com que o livro tenha um ar de novidade que só anima os leitores a continuarem lendo a série. Outro fato atraente em “O Prisioneiro de Azkaban” está em revelações sobre a família de Harry. Até então pouco se sabia sobre Tiago e Lílian Potter. O fato de os dois terem sido assassinados por Voldemort era o máximo que se conhecia sobre suas vidas. É no terceiro livro que parte do passado de Tiago, principalmente, é revelado. Descobrimos que ao lado dele andavam três amigos, Remo Lupin, Sirius Black e Peter Pettigrew, juntos se denominavam os marotos e, para ajudar Lupin, um lobisomem que precisava ficar recluso durante suas noites de transformação, aprenderam a se transformar em animais, eram animagos. Enquanto o livro é um dos favoritos dos fãs, o filme é um dos favoritos entre os cinéfilos, mas nem sempre é adorado pelos que acompanham a série literária. Dirigido por Alfonso Cuarón, a atmosfera infantil dos dois primeiros é deixada para trás e uma cor bem mais sombria toma conta da história de Harry. Os efeitos especiais ganham mais força e uma certa personalidade e Daniel Radcliffe deixa de ser uma criança com aspirações de herói para se tornar um adolescente com crise de identidade. Um paralelo é formado. Enquanto “O Prisioneiro de Azkaban” é um dos melhores filmes da série Harry Potter por ter muito mais identidade própria do que os outros três já produzidos, é também um dos mais odiados pelos fãs por modificar, e muito, o universo original criado por J.K. Rowling e até o espírito da terceira obra, bem menos dramática do que as outras duas anteriores. Cuarón modificou grandes coisas, inclusive o cenário. Criou algumas cenas desnecessárias, como uma em que os meninos do terceiro ano se divertem comendo doces no quarto da Grifinória, e modificou as características de personagens. A morte de Richard Harris, que interpretou Alvo Dumbledore em “A Pedra Filosofal” e em “A Câmara Secreta”, também não ajudou a manter o espírito de Rowling. O substituto, Michael Gambon, é muito mais agressivo e duro na elaboração do seu personagem do que Harris, que demonstrava uma doce fraqueza ao criar Dumbledore. Os fãs, claro, reclamaram. O uso das cores em “O Prisioneiro de Azkaban” é pertinente. Uma tonalidade azul percorre quase todo o longa-metragem e cria uma fotografia quase noturna, como se as duas horas e meia de filme fossem acompanhadas por um luar feroz. Nada mais genial. A idéia ajuda a ilustrar o sentimento de Harry na presença de um dementador e a preparar o espectador para a transformação de Lupin em um lobisomem ao final da projeção. O próprio Cuarón reconhece que, para dirigir um filme de “Harry Potter”, é preciso interferir o mínimo possível. Alguém com grande talento deve recusar a tarefa, pois sabe que ficará preso a uma história e a uma atmosfera pré-definida e que virou febre no mundo inteiro. Qualquer coisa diferente do esperado é rejeitada pelos fãs. A trama confusa de “O Prisioneiro de Azkaban” deixou o filme ainda mais problemático. Somente quem leu o livro entendeu todos os detalhes da reviravolta final e pôde apreciar o encontro entre Harry e seu padrinho, ao invés de guardar por Sirius Black um certo rancor. “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” atingiu a maturidade, mas, para os fãs, esse foi um grande erro. A reunião de tramas e a facilidade com que Rowling amarra todos os detalhes no final de seu livro ficaram de fora devido à maestria de Cuarón em criar obras originais e em tentar dar ao universo potteriano novas possibilidades.

Harry Potter e a Câmara Secreta

Depois de impedirem que Voldemort se apoderasse da Pedra Filosofal, a escritora J.K. Rowling constrói no segundo livro da saga Harry Potter uma história misteriosa acerca de uma câmara que teria sido construída no castelo de Hogwarts. “Harry Potter e a Câmara Secreta” mostra o segundo ano do bruxinho na escola de Hogwarts. Aos doze anos, Harry ainda vive sobre a guarda dos tios trouxas Válter e Petúnia, além da péssima companhia do mimado primo Duda. Estranhando não ter recebido nenhuma correspondência dos amigos que fez no ano letivo anterior em Hogwarts, Harry acaba sendo surpreendido pela visita de Dobby, um elfo doméstico que não desfruta de muita auto-estima. Se emocionando com o simples convite de Harry a se sentar com ele, Dobby se pune pela mais simples das coisas. O pequeno elfo revela que pegou as cartas enviadas pelos amigos de Harry durante as férias para que este achasse que seus amigos não se importavam com ele, fazendo com que Harry não retornasse a Hogwarts. Prevendo que aconteceriam coisas terríveis na escola, Dobby tenta convencer Harry a ficar com os tios, mas foi em vão.

O barulho que o elfo fez acabou perturbando os tios Dursleys que estavam recebendo visitas importantes. Aprontando mais uma para Harry, Dobby acaba gerando uma confusão e fazendo com que Valter aprisione Harry em seu quarto, com direito a grades de ferro. É aí que Rony, Fred e Jorge aparecem em um carro voador para resgatar o bruxinho. Depois de quebrar as grades e fugir dos tios, Harry é levado a casa dos Weasley e conhece uma realidade totalmente diferente. Lá, conhece os pais de Rony e a pequena Gina, que parece nutrir sentimentos ocultos pelo amigo do irmão. Arthur Weasley, o pai da família, é do Ministério da Magia, da seção de Mau Uso dos Artefatos dos trouxas e adora conhecer mais sobre essas pessoas que não possuem ligação com magia. Tentando questionar Harry sobre o estranho mundo dos trouxas, os garotos recebem os convites para se prepararem para o ano letivo de Hogwarts e decidem ir ao Beco Diagonal comprar os livros da lista de material. Sendo levados ao Beco através do Pó de Flu, Harry acaba se perdendo dos Weasley ao errar o uso do Pó, parando em um lugar sombrio. Vendo-se ameaçado por alguns bruxos, eis que surge o grandalhão Hagrid na Travessa do Tranco, que o leva para a parte mais civilizada do Beco. Mais tarde, encontra Hermione, que o leva para onde estavam Rony e os outros. No meio do lançamento de mais uma das obras de Gilderoy Lockhart, Harry acaba despertando a inveja de Draco Malfoy, que sentiu-se inferiorizado por Harry ser uma celebridade no mundo dos bruxos. Acompanhado pelo pai, Lucio Malfoy, a família Weasley é humilhada pelos loiros arrogantes, mas logo conseguem se livrar da dupla. Com tudo pronto para pegar o trem para Hogwarts, Harry e Rony acabam se surpreendendo por não conseguirem atravessar a parede da Plataforma 9 que dá para a estação de trem. Com medo de perder mais um período de aventuras e aprendizado, os dois decidem pegar o carro voador e seguir o trem pelos ares, até chegarem a Hogwarts. O que eles não esperavam era que ao chegar na escola, uma árvore gigante os colocaria em perigo e deixaria o carro dos Weasley em péssimo estado, além de quebrar a varinha de Rony. Como se não bastasse a calorosa recepção, o Professor Snape briga com os garotos por terem feito mau uso do carro mágico no mundo dos trouxas, o que causou manchetes nos jornais. Entretanto, Harry e Rony seriam salvos pela bondade de Alvo Dumbledore que define que a Professora Minerva McGonagall, chefe da Grifinória, decida a punição para os garotos, anulando uma possível expulsão que Snape poderia decretar, caso os bruxos fossem da Sonserina. Como punição, ficou decidido que as famílias seriam avisadas do ocorrido, além de que os dois deveriam cumprir um período de detenção prestando serviços para a escola. Rony recebe um berrador com uma bronca histérica de sua mãe, enquanto Harry precisa ajudar o novo professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, Gilderoy Lockhart, o mesmo que havia encontrado no Beco Diagonal. Com as aulas de mais um ano letivo começando, a Professora Sprout apresenta aos alunos a Mandrágora, uma espécie de planta que serve para fazer com que pessoas petrificadas voltem ao normal. Dotadas de um grito infernal que pode deixar as pessoas inconscientes, as mandrágoras jovens ainda não têm tanto poder de irritação assim, sendo preciso apenas um tapa-ouvido para não entrar em colapso. Enquanto isso, Gilderoy apresentaria desastrosamente aos alunos os Diabretes da Cornualha. Como Hogwarts não é só aula, as equipes de Quadribol continuam treinando para se destacar na escola e a mais recente novidade é que o desagradável Draco virou apanhador da Sonserina. Munido de uma Nimbus 2001, uma vassoura potente e invejável, tenta inferiorizar Harry e os jogadores da Grifinória, obviamente fracassando. Após cumprir quatro longas horas de detenção ao lado de Gilderoy, Harry começa a escutar estranhos sussurros chamando-o. Ao voltar para seu quarto, o garoto se depara com uma inscrições feitas à sangue na parede de um dos corredores: “A Câmara Secreta foi aberta. Inimigos do herdeiro. Cuidado.” Junto à frase, a gata de Filch, Madame Nora, estava petrificada e indicava que teria sido seu sangue o usado na inscrição. Como Harry foi o primeiro a chegar no local, logo virou o principal suspeito, sendo ameaçado, inclusive, por Filch. Em uma das aulas da Professora Minerva, a curiosa Hermione pede para que explique a todos sobre a tal Câmara Secreta. Segundo a professora, há mais de mil anos a escola de Hogwarts teria sido fundada pelos quatro bruxos e bruxas mais poderosos de todos os tempos: Godrico Grifinória, Helga Lufa-Lufa, Rowena Cornival e Salazar Sonserina. Três deles desfrutavam de uma grande harmonia, enquanto Salazar defendia que a escola deveria ser mais seletiva quanto aos alunos, impondo que o ensino da magia deveria ser limitado somente às famílias de mágicos, excluindo aqueles que seriam “sangue ruim”, ou seja, com descendência trouxa. Sem conseguir persuadir os outros três bruxos, Salazar deixou a escola e segundo reza a lenda, construiu uma Câmara Secreta no castelo e, pouco antes de partir, a selou até a hora em que um herdeiro legítimo retornasse para a escola e conseguisse destrancá-la. Apenas um herdeiro seu conseguiria libertar o terror nela escondido e, ao fazer isso, eliminar todos aqueles alunos que, como pensava Salazar, não eram merecedores de estudar magia. Minerva contou também que, após o ocorrido, a escola foi vasculhada várias vezes, mas a Câmara nunca foi encontrada. A lenda afirma que a Câmara abriga um monstro que só o herdeiro de Salazar consegue controlar.
Como era de se esperar, Harry, Rony e Hermione começaram a levantar hipóteses que pudesse revelar quem seria o tal herdeiro. Suspeitando que Draco seria o culpado pelo caos que começara a ameaçar Hogwarts, Hermione sugere que o garoto seja investigado. Para isso, o plano é tomar a Poção Polissuco descrita no livro “Poções Muy Potentes” e fazer com que Harry e Rony se transformem fisicamente em Crabbe e Goyle, fieis escudeiros de Draco. Entretanto, a poção ficaria pronta somente em um mês. Enquanto isso, deveriam ficar atentos a qualquer outro sinal que incriminasse o Draco ou revelasse novidades sobre o herdeiro. Durante uma partida de Quadribol, Harry acaba quebrando o braço após ser perseguido por uma bola Balaço aparentemente adulterada. Ao se recuperar na enfermaria, encontra-se de novo com o elfo Dobby e descobre que ele foi o responsável por fechar a passagem do portal, impedindo que Harry pegasse o trem para Hogwarts. Antes de sumir, Dobby contou a Harry que a Câmara havia sido aberta outra vez, mas não deu detalhes. É quando chega à enfermaria o pequeno Colin Creevey, aspirante a fotógrafo que havia sido petrificado. Acompanhado pelos professores, Dumbledore afirma que Hogwarts já não está segura e que todos deviam ter cuidado. Dumbledore fala à Minerva que a não é a primeira vez que a Câmara é aberta e que já havia espalhado pânico entre os alunos, confirmando o que Dobby dissera anteriormente a Harry. Em mais uma aula de Defesa Contra a Arte das Trevas, o Professor Gilderoy pediu a participação de Snape, professor de Poções, para uma demonstração em classe. Tendo sido instruído a ensinar ataques para os alunos, vista a situação de perigo que poderiam enfrentar em breve, Gilderoy e Snape demonstram ataques e escalam Harry e Draco para tentarem desarmar um ao outro. No meio dos ataques, surge uma cobra e, para a surpresa de todos, Harry se comunica com ela, revelando-se um ofidioglota, ou seja, capaz de conversar com serpentes, dom incomum entre os bruxos e, por coincidência ou não, dom que Salazar Sonserina possuía. Pondo o plano do trio adiante, Hermione prepara o Polissuco em um banheiro inutilizado pelos alunos e lar da Murta Que Geme, uma fantasma carente e com ar infantil. Ao tomar a poção, os garotos se transformam nos amigos de Draco, enquanto Hermione vira um gato, percebendo que usou os cabelos errados na poção. Enquanto Harry e Rony agem estranho com Draco, o efeito do Polissuco passa rápido e os meninos acabam fugindo do loiro. Ao mesmo tempo, mais um aluno foi encontrado petrificado, bem como o fantasma Nick Quase Sem Cabeça. Ao se deparar com um alagamento no banheiro de Murta Que Geme, Harry acha um livro que se revela ser de um tal de Tom Servoleo Riddle. Percebendo que o diário absorve a tinta da caneta e é capaz de revelar frases imediatas, Harry pergunta se o livro pode revelar algo sobre a Câmara Secreta, obtendo um não como resposta. Porém, o livro de Tom o leva a uma viagem há 50 anos, quando o Hagrid foi acusado de abrir a Câmara. Sem entender muito do que aconteceu, Harry ficou mais transtornado ainda quando voltou à realidade e descobriu que Hermione também havia sido petrificada. Novas regras foram adotadas para proteger os alunos e evitar com que Hogwarts seja fechada. Pretendendo descobrir mais segredos sobre a Câmara, Harry e Rony usam a capa de invisibilidade para quebrar as regras e visitar Hagrid fora do horário estabelecido pela escola. Dumbledore e o Ministro da Magia, Cornélio Fudge, acabam aparecendo na casa do grandalhão intimando uma prisão temporária, já que Hagrid havia sido acusado há alguns anos de ter aberto a Câmara. Como se não bastasse, Lucio Malfoy aparece com outra intimação, mas agora para Dumbledore, fazendo com que se afastasse da administração de Hogwarts. Dumbledore aceita o afastamento, já que doze assinaturas dos conselheiros decretaram isso. Hagrid vai para a prisão em Azkaban, mas antes dá uma pista aos garotos, momentaneamente invisíveis, de que algumas respostas seriam dadas caso eles “seguissem as aranhas”. Ao procurar as aranhas, Harry e Rony percebem que elas estão indo em direção à Floresta Negra, lugar proibido de ser freqüentado. Meio a tantos aracnídeos, a dupla se depara com a aranha gigante Aragogue, ex-animal de estimação de Hagrid, da época em que fora acusado de abrir a Câmara Secreta. Aragogue conta que Hagrid fora acusado injustamente, já que não tivera culpa, além de afirmar que o monstro nascera no próprio castelo. Como tudo estava muito calmo para uma floresta escura e solitária, Rony alerta Harry que muitas aranhas estão aparecendo e Aragogue diz que não é pelo dos dois serem amigos de Hagrid que suas filhas aranhas pouparão a vida dos garotos. Vendo-se sem saída, eis que surge o carro mágico dos Weasley e os levam para fora da floresta. Com o susto passado, os dois visitam Hermione na enfermaria e descobrem que, no momento em que ficou petrificada, estava segurando um papel que mostrava a existência de um Basilisco, um animal perigoso capaz de viver centenas de anos e que mata suas vítimas se estas olharem fixamente em seus olhos de serpente. Outro detalhe sobre o Basilisco é que as aranhas têm medo da criatura. Junto com as informações, Hermione havia rabiscado que o Basilisco só poderia estar vivendo nos encanamentos do castelo. Ora, com tudo muito bem explicado, só faltava saber o por quê das vítimas terem sido apenas petrificadas, e não mortas, já que se depararam com a Cobra. Harry chega a conclusão que as vítimas não olharam diretamente para o Basilisco, já que cada uma usara algum meio secundário. No caso de Hermione, ela estava segurando um espelho; e no caso de Colin Creevey, sua câmera fotográfica. Outra conclusão que Harry teve é que conseguia ouvir o monstro justamente por este ser uma cobra, e por ter descoberto sua capacidade de se comunicar com animais do gênero. Em uma das corridas contra o perigo em Hogwarts, Harry e Rony descobrem que Gina, a irmã de Rony, desapareceu. Em uma reunião com os professores, Gilderoy é intimado a se preparar para enfrentar o monstro, já que havia afirmado saber onde ficava a Câmara e por ser o professor de Defesa Contra a Arte das Trevas. Entretanto, o medroso escritor tenta fugir da responsabilidade, mas é forçado por Harry e Rony a ajudá-los a combater o mal. Os três vão até o banheiro de Murta Que Geme, que fora a vítima há 50 anos do Basilisco e havia morrido em Hogwarts, questioná-la sobre o dia da sua morte. Neste meio tempo, Harry descobre que a Câmara Secreta fica na pia do banheiro e a destrava.
Harry, Rony e Gilderoy entram nos túneis que levam à Câmara, mas o professor acaba jogando um feitiço nos garotos com a varinha de Rony, que estava quebrada. Além de ter perdido a memória, causou um desmoronamento nos túneis, separando Harry de seu amigo. Sozinho, Harry abre a Câmara e encontra Gina deitada e, para sua surpresa, Tom Riddle, que havia “conhecido” durante a viagem ao passado que fez com o livro. Riddle explica que ele é apenas uma memória e que a vitalidade de Gina o deixa mais forte. E mais: que ele foi o responsável por abrir a Câmara da outra vez e espalhar terror em Hogwarts. Como se não bastasse, Riddle conta que é mais conhecido por Voldemort. Frente à frente com seu inimigo, Harry precisa fugir do Basilisco e resgatar Gina. É quando a Fênix Fawkes de Dumbledore aparece com o Chapéu Seletor. Aparentemente sem utilidade para o momento, Harry descobre que mais tarde o Chapéu lhe mostraria uma espada para enfrentar o Basilisco. Fawkes ainda luta com o monstro, cegando-o e facilitando para que Harry consiga lutar frente à frente com a serpente. Em seu golpe final, Harry é atingido por uma das presas do Basilisco, sendo vítima do seu veneno mortal. Saindo como soberano, Voldemort espera o momento da morte de Harry, já que o processo de vitalidade vindo de Gina está quase no fim. Usando o dente do Basilisco que o atingiu, Harry crava o livro de Tom Riddle e faz com que a memória do autor seja dissipada, impedindo que Voldemort consiga virar realidade. Com tudo tendo aparentemente acabado, Gina acorda e conta que Tom Riddle a forçara a escrever as frases ameaçadoras e a abrir a Câmara. Gina esteve em transe e foi usada como fantoche para que Voldemort se materializasse. Sem esperanças que pudesse ficar vivo, Harry pede para Gina encontrar Rony e o deixá-lo ali. Porém, mais uma vez a fênix aparece e, com seu poder de cura, chora no machucado do bruxo e o livra da morte. Ao voltar para Hogwarts, Dumbledore afirma que Harry e Rony desobedeceram muitas regras, mas que por terem solucionado os mistérios da Câmara, não seriam prejudicados. Decretando a soltura de Hagrid da prisão, Dumbledore ainda conta que as semelhanças de Harry e Voldemort são bastante fortes, inclusive a capacidade de falar com serpentes. Isso se deu justamente pela transferência de poderes que ocorreu no dia em que Harry, ainda bebê, venceu o lorde das trevas. No meio da conversa, surge Lucio Malfoy acompanhado do elfo Dobby, seu servo. Lucio criticou a volta de Dumbledore ao comando de Hogwarts e culpá-lo do terror acontecido na escola. Dumbledore afirma que tudo já está sob controle e Lucio deixa a sala do diretor. No corredor, Harry entrega o livro de Tom Riddle para o pai de Draco e acusa-o de ter colocado o diário nas coisas de Gina quando estavam no Beco Diagonal. Negando o fato, Lucio joga o livro para Dobby segurar e Harry avisa Dobby para abrir o diário. Ao encontrar uma meia, Dobby liberta-se da escravidão de Lucio, já que a única forma de ficar livre era ganhar roupas de seu dono. Tentando atacar Harry, Lucio acaba caindo com um ataque de defesa do pequeno elfo. Na confraternização costumeira entre alunos e professores, Dumbledore suspende as provas finais e Hagrid volta de Azkaban, sendo bem recebido por todos.

Harry Potter e a Pedra Filosofal

Em 1997, a escritora J. K. Rowling, até então desconhecida no mundo literário, lançou no mercado britânico, através da editora Bloomsbury, “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, primeiro livro da série cujo personagem principal é o bruxinho que conquistou não somente a literatura infanto-juvenil, como também os cinemas mundiais. Embora tenha recebido uma repercussão positiva logo no começo, a obra apenas chegou às livrarias brasileiras em 2000, quando foi publicada pela Rocco.

Sucesso de vendas ao redor do mundo, o livro não poderia fazer feio com o público de nosso país. Apostando alto, a Rocco logo permitiu uma tiragem inicial de 50 mil exemplares, os quais foram vendidos rapidamente. Vale ressaltar que, no Brasil, uma obra literária, para ser considerada um best-seller, precisa vender aproximadamente 20 mil exemplares. Já no mercado brasileiro infanto-juvenil, um livro desse gênero geralmente atinge o marco de 5 mil vendas. Logo, nota-se o incrível sucesso, desde o início, de Harry Potter. Obviamente, a primeira história foi marcante, pois trouxe a apresentação de um mundo mágico de uma maneira antes ainda não vista. Mesclando um pouco de realidade com elementos de magia de uma maneira que agrada o público em geral, principalmente o composto por crianças e adolescentes, J. K. Rowling, com toda a sua criatividade, foi responsável por dar vida aos carismáticos personagens principais Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley, além de nos conduzir a um mundo misterioso e novo habitado pelas suas criações. Surpresas não faltam no cenário de Hogwarts, a escola de bruxos mais famosa do universo criado por Rowling. Publicado em 64 idiomas, “Harry Potter e a Pedra Filosofal” continua alcançando fãs ao redor do mundo. Recentemente, a rede britânica de livrarias Waterstone preparou uma lista a qual fazia uma seleção dos 25 melhores livros escritos nos últimos 25 anos. Mesmo tendo sido lançada há um tempo, a primeira obra literária do bruxinho adolescente conseguiu o topo da listagem, mostrando que o sucesso, até dos primeiros projetos, ainda é inegável. A história, como era de se esperar, é bastante introdutória. No início, somos apresentados ao cotidiano de Harry Potter, o qual vive na rua dos Alfaneiros com os Dursleys, família de trouxas (não-bruxos) composta por Tia Petúnia, Tio Valter e Duda. Este último é primo do protagonista e principal responsável por infernizá-lo. No mundo real, Harry dificilmente conseguia amigos e sempre ficava com os restos de Duda. Constantemente esquecido, o menino se surpreende ao receber uma carta, fato o qual jamais havia acontecido antes. No entanto, para infelicidade do garoto, seus tios não permitem que a correspondência seja aberta, fazendo com que Harry mantivesse uma curiosidade imensa. Após várias tentativas de fazer com que a carta chegasse às mãos do menino, os Dursleys decidem abandonar por um tempo a casa e irem a um local deserto, com a esperança de que não tentassem entrar em contato novamente o jovem. Todavia, em um momento inesperado, Rubeo Hagrid invade o lugar. Surpreendentemente, o homem tem uma altura bastante avantajada, deixando todos com medo. Logo, dá uma notícia a Harry: o menino era filho de bruxos bastante bem sucedidos e havia sobrevivido a uma catástrofe impossível de ser imaginada. A missão de Hagrid é levar o bruxinho de 12 anos a Hogwarts, escola de magia e bruxaria mais famosa do mundo. Animado, Potter aceita entrar nessa nova jornada, indo de imediato, ao lado do gigante, comprar o material escolar. Varinhas, roupas, corujas, vassouras, penas, livros com teor diferente do normal fazem parte da lista. A partir daí, Harry é levado a um universo antes jamais imaginado por ele, um mundo mágico onde, devido à forma como sobreviveu a um ataque de um dos bruxos das trevas mais temidos, é bastante famoso. O então esquecido Harry torna-se conhecido por inúmeras pessoas, que fazem questão de cumprimentá-lo. Após um tempo, o garoto é encaminhado à plataforma 9 e ½, onde pegaria o trem para Hogwarts. Lá, surpreende-se com mais descobertas e começa a ser amigo de Rony Weasley, garoto ruivo advindo de uma família de bruxos. Também conhece vários outros companheiros como Hermione Granger, com a qual faria amizade depois, e Neville Longbottom. Logo, Potter, Weasley e Granger tornam-se inseparáveis, cada um apoiando a si próprio, como um trio difícil de ser separado. Todos os três fazem parte da casa Grifinória, principal rival da Sonserina, da qual Draco Malfoy, um dos meninos mais insuportáveis que Harry conheceu, faz parte. Embora nunca tenha experiência em voar em vassouras, Potter logo se destaca e passa a ser apanhador do time de quadribol da Grifinória, esporte bruxo tão famoso que, no mundo real, pode ser equiparado à fama do futebol. Tamanho é o destaque do menino a ponto de ele se tornar o jogador de quadribol mais jovem do século. Em meio a disciplinas introdutórias e importantes como Poções, ministrada pelo professor Snape, Defesa Contra Arte das Trevas, dada pelo professor Quirrell, e Transfiguração, ensinada pela professora Minerva, o garoto vai descobrindo cada vez mais à respeito do mundo bruxo. No entanto, o menino não se encontra em Hogwarts apenas para aprender através dos livros e começa a se meter em confusões jamais imaginadas.
Ao lado de Hermione e Rony, Harry descobre que Hogwarts guarda em seu castelo a rara pedra filosofal, com o uso da qual qualquer pessoa pode transformar um metal inferior em ouro e obter o Elixir da Longa Vida, o qual prolonga a vida de alguém indefinidamente. Anteriormente, a pedra estava em posse do banco de Gringotes, local mais seguro, afora Hogwarts, no entanto, a procura pelo objeto pareceu perigosa, o que fez com que o diretor da escola, Alvo Dumbledore, passasse a temer. O protagonista e seus amigos logo passam a desconfiar que o Professor Snape estaria aliado ao Lorde Voldemort, conhecido como Você-Sabe-Quem, bruxo das trevas responsável por assassinar os pais de Harry e tentar matar o menino também. Passando um tempo sumido, Lorde das Trevas procurava uma maneira para ressurgir e pôr fim a vida de Harry. Aparentemente, para os meninos, Snape estava vinculado ao mundo maligno. Tentando proteger a pedra das mãos de forças do mal, os meninos vão à procura do objeto, que se encontra em um calabouço, o qual é guardado por um cão de três cabeças, e protegido por várias magias. Após conseguir uma maneira de passar pelo animal citado e quebrar as magias, Harry se vê cara a cara com Lorde das Trevas. Uma luta, de certa forma, é travada, então, fazendo com que o menino temesse pela sua vida e se surpreende-se devido a alguns fatos. A história tem um fim esperado, obviamente. Após tamanho sucesso do primeiro livro, uma adaptação cinematográfica se mostrou imprescindível. Portanto, em 2001, chegou aos cinemas mundiais o filme “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. O sucesso da obra literária foi facilmente transmitido para as telonas. O primeiro longa-metragem protagonizado pelo bruxo adolescente quebrou um recorde de melhor estréia em um final de semana da história, arrecadando, em somente três dias de exibição, US$ 93,5 milhões. Vale ressaltar que o projeto inteiro custou US$ 125 milhões, valor que demonstra que, em poucos dias, o filme conseguiu faturar o seu orçamento. No mundo inteiro, arrecadou uma quantia superior a US$ 970 milhões. A positiva repercussão da obra literária fez com que vários diretores se interessassem pela adaptação. Após a produção ser sondada por Steven Spielberg (“Guerra dos Mundos”), Rob Reiner e M. Night Shyamalan (“Corpo Fechado”), o escolhido foi o cineasta Chris Columbus, que já possuía experiência com o público infanto-juvenil, uma vez que trabalhou em “Esqueceram de Mim” e “Uma Babá Quase Perfeita”. O diretor conseguiu dotar o longa-metragem de um aspecto introdutório não massante, fazendo com que o público se envolvesse e passasse a esperar com mais ansiedade a segunda adaptação. Também neste projeto foi apresentado ao mundo o ator Daniel Radcliffe, responsável por interpretar Harry Potter. O processo para escolha do protagonista, por sinal, durou bastante tempo e o papel foi concorrido por mais de 60 mil jovens atores. Apesar de figurar uma introdução, “Harry Potter e a Pedra Filosofal” serviu para que as pessoas passassem a simpatizar com o bruxinho e se sentissem parte do mundo mágico tão envolvente criado por Rowling e transpassado para as telonas pela direção de Columbus. O sucesso da primeira produção fez com que outros livros da série fossem adaptados para o cinema. De forma esperada, Potter e seus amigos alcançaram cada vez mais fãs.